A gigante Goldman Sachs, quinto maior banco dos EUA, recentemente comunicou aos seus colaboradores: “Roupas casuais não são apropriadas a todas as situações. Nós confiamos em seu bom senso. Vista-se de acordo com as expectativas do cliente”. O Itaú, do mesmo modo, há pouco tempo criou uma campanha chamada “vou como sou”. Os 86.000 funcionários foram liberados das formalidades. O assunto de hoje, conquanto, é o chamado dress code.
Dress code
As startups já adotam este estilo mais despojado. As empresas tradicionais estão percebendo que precisam se transformar e, sobretudo valorizar e investir na inovação. Inovação depende de criatividade. Criatividade depende de pessoas. Em resumo, adianta trabalhar todo engomadinho e não ser criativo? Não se trata de estereotipar. Algo do tipo tem que ter tatuagem pra ser criativo. Não é isso! O fato é que a capacidade de inovar e criar é muito mais relevante do que o que o cara veste.
Geração Y
Nossa empresa atualmente tem como foco de clientes a geração Y, indivíduos que nasceram nos anos 80 pra cá. Todavia, trabalhamos em um setor de negócios, de certo modo tradicional, envolvendo consultoria imobiliária, administração de condomínio e contabilidade. Recentemente, adotamos um dress code um pouquinho diferente, trocamos a tradicional camisa polo por camisetas. Além de serem mais despojadas, mais confortáveis, parecem gerar uma empatia com nossos clientes. Roupa, inegavelmente, é comunicação. Avalie, portanto, como você quer se comunicar com o seu público.
Terno e gravata
Há um tempo atrás, assisti a uma palestra do Didi Aguiar. Didi é um cara conhecido no mercado de ações, especialista na chamada análise técnica. Neste mercado, é comum os especialistas se vestirem de termo e gravata. E foi assim que os palestrantes se apresentaram até chegar o Didi grafista, como ele é conhecido. Didi subiu ao palco de jeans, camiseta e tênis branco. Além, é claro, de um certo apelo de marketing, ele se explicou: “é desse jeito que eu compro e vendo ações no dia-a-dia e não de termo e gravata”.
Pijama
Você já deve ter ouvido a história de que Jeff Bezos, CEO da Amazon e homem mais rico do mundo, vai para o escritório regularmente de pijama. Claro, você deve estar pensando: ele é o homem mais rico do mundo! Não estou, entretanto, com isso, dizendo pra você amanhã ir trabalhar de pijama. Não é isso! Mas o fato é que aparência não é tudo. Gosto de uma frase que diz que homens de terno trabalham para homens de pijama.
Uma decisão a menos
Um exemplo é o Steve Jobs, que sempre apareceu de jeans e camiseta preta. Do mesmo modo, Mark Zuckerberg também é outro que costuma usar a mesma roupa, calça jeans e camiseta cinza. Questionado, certa vez, sobre o porquê de usar a mesma roupa, ele afirmou que é uma tomada de decisão a menos todo dia. Ou seja, tem coisa mais importante pra pensar do que a roupa que você vai vestir.
Diversidade
Tem um aspecto também relacionado ao dress code que é a diversidade. Quando eu tinha uns 18 anos, antes de entrar pra faculdade, cheguei a ter cabelos compridos. Sim, parece mentira mas é verdade. Lembro o quanto algumas pessoas me alertavam sobre isso, dizendo que eu teria dificuldade de conseguir um emprego e tal. Tatuagens e piercings também assustavam. Hoje, assustam bem menos. As empresas entenderam que precisam, antes de mais nada, de produtividade e inovação. E, dessa forma, para serem produtivas e inovadoras, as pessoas precisam ser autênticas e felizes onde trabalham.