E aí, está assustado, assustada com o futuro? Qual sua perspectiva? Positiva? Ou negativa? Já parou pra pensar o que será do futuro das profissões? Será que estamos nos preparando pra enfrentar uma realidade cada vez mais automatizada, mais dominada por algoritmos? Será que a educação, formal ou informal, está preparada para nos capacitar neste mundo exponencial? Hoje eu quero mais concretamente falar sobre algumas tendências, cenários e perspectivas profissionais.
Hotéis
Hoje, o sonho de qualquer empresa, sobretudo das chamadas startups, é criar um negócio onde seja possível contratar pouca gente e faturar muito. Tanto é que aquela ideia de medir o tamanho de uma empresa pelo número de funcionários já caiu por terra faz tempo. Isso representa a tão sonhada escalabilidade: pouca gente e mais algoritmo trabalhando. Veja: a rede hoteleira Marriot opera em mais de 70 países, o que justifica seu staff de aproximadamente 200 mil empregados. E o Airbnb, você sabe quantos funcionários emprega? Cerca de 3000, ou seja, quase 1% da tradicional rede de hotéis.
Escalabilidade
Um robô ou algoritmo, graças a sua replicação, consegue atender milhares de usuários ou clientes simultaneamente. Pense por exemplo um corretor de investimentos que tem centenas de clientes. Ou, ainda um médico, que tem inúmeros pacientes. Como fazer para conhecer, monitorar e apoiar a decisão do cliente a todo momento? É claro que nem todos os médicos humanos vão desaparecer. Mas a pergunta é: que competência ele terá que desenvolver para se manter útil? É provável que tarefas que exigem um nível maior de criatividade continuarão sob responsabilidade humana.
Futuro das profissões
Em 2010, 2% dos americanos trabalhavam na agricultura, 20%, na indústria, e 78% trabalhavam como professores, médicos, web designers, na área de comércio e serviços. Como eu já disse, enquanto os computadores substituíam os humanos em relação às aptidões físicas, tudo bem, né? O problema é que agora os algoritmos ganham notoriedade quando o assunto são aptidões cognitivas. Como fica, então, o futuro das profissões?
Empregos x algoritmos
Em setembro de 2013, pesquisadores de Oxford publicaram um estudo chamado The Future of Employment. Eles investigaram a probabilidade de diferentes profissões serem assumidas por algoritmo nos próximos 20 anos. Os resultados são alarmantes. 47% dos empregos dos EUA correm risco. 99% de probabilidade que em 2033, operadores de telemarketing e corretores de seguro perderão seus empregos para algoritmos.
Criatividade e interdisciplinaridade
É claro que até 2033, muitas novas profissões surgirão. Porém, elas exigirão não só níveis altos de criatividade, mas também interdisciplinaridade. A questão não é ter novos empregos. É comum a gente ver estudos onde se mostram um número X de empregos subtraídos e um número Y de novos empregos. O problema é: nós humanos estamos nos preparando para ocupar estas novas posições? Ou ainda estamos estudando ou tentando fazer algo que um algoritmo, já provado, faz melhor do que nós? Estamos nos preparando, afinal, para encarar o futuro das profissões?
Algoritmos: a nova moeda
Você já parou pra pensar que à medida que os algoritmos tiram os humanos do mercado, a riqueza e o poder podem se concentrar nas mãos de uma elite? Esta elite não terá terras, imóveis e propriedades dessa natureza. Terá, no entanto, algoritmos. Esta é a nova moeda. O futuro profissional nos revela desafios sociais, econômicos e educacionais. Mais do que nunca, eu afirmo: pense nisso, continue aqui comigo e até semana que vem.