Quem me acompanha, sabe que eu falo muito sobre produtividade, sobre fazer bem e com menor custo possível aquilo que precisa ser feito. Mas hoje eu quero falar pra você que está na meia idade, como eu, quarentão, e começa a se indagar: Será que serei produtivo e feliz no futuro? Afinal, o que temos que fazer hoje para ter uma velhice feliz?
Futuro
Se você, entretanto, não gosta de planejar o futuro ou acha que é melhor seguir o refrão do Zeca Pagodinho (deixe a vida me levar), não precisa continuar assistindo. A questão principal, primeiramente, é como chegar bem na velhice? Hoje, o avanço tecnológico está aumentando a expectativa de vida. Fala-se que o brasileiro que vai viver 150 anos já nasceu, já entra entre nós. Mas então, como lidar com isso?
Expectativa de vida
A expectativa de vida da população aumentou, pois, 41,7 anos em pouco mais de um século. Em 1900, a expectativa de vida era de 33,7 anos, dando um salto significativo em pouco mais de 11 décadas, atingindo 75,4 anos em 2014. A questão é que as pessoas param de trabalhar aos 60. E depois, como fica? O que fazem? Onde moram? Do que vivem? Isso tudo é, de fato, um dos motivos da discussão atual da reforma previdenciária.
Mas, vamos lá! Se eu perguntasse pra você, o que você faria hoje para garantir saúde, produtividade e felicidade na velhice, o que você responderia? Cultivar bons hábitos? Não fumar, não beber? Manter o corpo magro e tonificado? Ter dinheiro no banco? Ter fama? Afinal, no que investir hoje para ter um futuro bacana?
Ficar rico ou famoso?
Houve uma recente pesquisa entre a Geração Y questionando quais eram seus objetivos mais importantes na vida, e mais de 80% disseram que seu maior objetivo de vida era ficar rico. E outros 50% desses mesmos jovens adultos disseram que outro grande objetivo de vida era ficar famoso. Mas será que ficar rico e/ou famoso vai garantir uma velhice feliz, saudável e produtiva?
Pesquisa de Harward
O estudo mais longo já realizado pela Universidade de Harward durou 76 anos e levantou estas questões. A pesquisa, conduzida pelo psiquiatra Robert Waldinger começou em 1938 e analisou o perfil de 724 homens entre estudantes da universidade e moradores de bairros pobres de Boston. A pesquisa, em resumo, acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional.
Mas e aí, qual foi o resultado da pesquisa? Bem, as conclusões talvez não sejam o que você esperava. Ficar rico ou famoso, cuidar da saúde, ter nutricionista, fazer crossfit, podem até ajudar, mas não são o fator preponderante. O principal aspecto apontado pela pesquisa é, acreditem, a qualidade dos relacionamentos que mantemos.
Qualidade dos relacionamentos
Eu não estou falando, no entanto, em ter 7435 amigos no facebook ou ser seguido por mais de 5000 pessoas no instagram. Não é isso! É relacionamento sério e de qualidade. É relacionamento de amor e cumplicidade com esposa ou esposo. É estar próximo dos seus filhos. É ter aquele grupinho do futebol. É aquela turma da igreja. É a turminha que se reúne pra jantar sempre. Enfim, são os colegas da empresa que se tornam amigos e por aí vai.
Conexões sociais
Não estar sozinho, portanto, é a chave. As conexões sociais são muito importantes para nós. Somos humanos. Nascemos para nos relacionar. Solidão mata. Em resumo, você pode continuar querendo emagrecer, você deve evitar cigarro e você pode até almejar ficar rico ou famoso. Não há nenhum problema nisso. Mas lembre: vida futura produtiva e feliz depende de relacionamentos de qualidade. Cultive-os.